Do minimalismo

Sempre fui uma consumista nata, não só em roupas como tudo o que  me enchia os olhos. Cheguei ao ponto de ter o roupeiro completamente abarrotar e continuar a dizer “ Não tenho nada para vestir!”  Há alguns anos atrás encontrei um blogue que me levou a pensar o que queria realmente para a minha vida e se não estava a desperdiçar dinheiro e tempo com esta minha veia materialista. Quanto mais lia o blogue mais entusiasmada ficava e comecei simplesmente a “despachar” tudo aquilo que não me fazia feliz mas que apenas servia para encher o meu ego materialista. Criei uma página de vendas de usados, uma espécie de flea market online. Quando comecei a colocar as minhas coisas à venda cheguei mesmo a ser interrogada por algumas pessoas se precisava de dinheiro porque andava a vender tudo! Felizmente não era esse o motivo, o objetivo era mesmo destralhar! 

Algum tempo depois comecei a sentir alguma diferença, sentia-me muito mais leve, mais organizada, já não perdia tempo à procura das coisas, porque sabia onde estava tudo. Tinha mais tempo para mim e para as minhas coisas, aquelas que gostava mesmo de fazer. Ao longo deste tempo tenho aprendido imensa coisa com esta coisa que é o minimalismo, apesar de não me considerar uma minimalista, ainda estou muito longe disso, sinto que toda a gente deveria adquirir alguns conhecimentos sobre este modo de vida. Aprendemos que a felicidade não está num roupeiro cheio ou numa casa atafulhada de coisas mas em ter coisas que realmente gostamos e às quais damos realmente valor.